terça-feira, novembro 29, 2011

EMAÚS


Emaús traz um significado impactante (palavra do momento).
Emaús traduz talvez, o mais importante ícone do Evangelho. Talvez em nenhum momento tão especial, a mensagem foi tão explicitada quanto o desfecho deste episodio relatado em Lucas, 24:13
Dois homens que se dirigem pela estrada empoeirada para um pequeno vilarejo faziam comentários sobre os últimos acontecimentos em Jerusalém. Estavam tristes e reflexivos. Os desencontros desses homens estavam pautados com o que ouviram por dias a fio a respeito do reino dos céus, a respeito do amor ao próximo e tantos outros ensinamentos. Os milagres foram vistos por estes dois e, portanto eram testemunhas fiéis do que acontecera nos últimos anos em que estiveram com uma pessoa extraordinária. Um profeta que havia mudado, transformado os dias de desesperança, de amargura para um povo subjugado pela implacável tirania Romana.
Havia naquela conversa uma tremenda falta de perspectiva, um conflito, uma confusão sem precedentes para aqueles jovens discípulos.
Comentavam a morte do Messias que tantas promessas havia transmitido, que não só ficaram nas promessas, mas que haviam experimentado o poder de Deus em suas próprias vidas. No entanto estavam agora sem rumo, sem norte. Perderam toda a referência. Estavam sem “chão”. Não discerniram toda a mensagem. Faltava-lhes alguma coisa, algum capítulo fora perdido. Como recapitular tudo e reconstruir toda a trama do enredo, se não entenderam o que o produtor havia transmitido, agora estando morto?
Não entendiam como eram protagonistas desses acontecimentos e se verem repentinamente sem referencial.
O assunto versava em torno desse conflito até que um terceiro acompanhou-os nessa conversa. Primeiro perguntou a respeito do que conversavam. Eles então questionaram o transeunte: Por acaso és estrangeiro e não ouviste sobre os acontecimentos nos últimos dias?
Embora houvesse frustrações, havia também as boas lembranças do aprendizado e a conversa teve um novo impulso, um novo vigor, uma expectativa mais ampla do mundo e dos entraves pessoais. Os receios e os medos, já não tinham grande proporção.
Chegando ao destino os discípulos pediram que o estranho pousasse em sua casa, pois já era tarde. Foram lanchar, quando o terceiro indivíduo tomou o pão deu graças e partiu, então os olhos dos moços se abriram e conheceram que ao lado deles, em todo o tempo, estava o Mestre Querido. Então Ele desapareceu, no entanto, eles sentiram um gozo sem par e imediatamente voltaram para Jerusalém.

Nossos olhos, nossos dogmas, nossa circunstância, não nos permite ver Deus, Sentir Deus.
Sempre temos e nos convém, ver um Deus periférico. Sempre aprendemos que Deus é um ser inatingível pela sua grandeza, pela sua santidade. Nossa reverência a Ele nos restringe a senti-lo. Nosso dogma coloca-O em determinados lugares que não podemos ter acesso, por respeito ou liturgia. Não distinguimos o véu rasgado que nos permite achegarmos a ELE.
O Evangelho tem que amadurecer em nosso ser a ponto de vermos a Deus como Ele é!
Não temos que viver como meninos raquíticos. Temos que crescer e atingir a estatura perfeita, isso é; Temos que sentir Deus em nosso interior, que faça a obra espontânea de dentro para fora. Nossos conflitos, e são muitos, não deve impedir que ELE tenha seu lugar permanente em nosso ser e nos dê fortaleza e segurança nas tempestades, na bonança, na alegria, nas amarguras, nas atrocidades, nas injustiças.
Não estamos nesse mundo para usufruir benesses porque somos filhos de Deus. Temos de aprender que mesmo parecendo estar distante, Ele está conosco, então ajamos com o discernimento de que podemos contar com Seu apoio a qualquer momento. Que nossos deslizes nunca seja barreira para que Ele não nos alcance!
Um rei pediu aos seus ministros que providenciassem, junto aos artistas pintores do reino, um quadro que representasse a paz. Eles trouxeram-no vários quadros de lindos jardins, lindas paisagens, mar tranqüilo, um céu emoldurando lindas montanhas, mas a nenhum deles o rei via alguma coisa que representasse a paz.
Andou pelo palácio de um lado para o outro, na esperança de encontrar alguma coisa que representasse o que ele imaginava ser a paz. Deparou-se com uma ampla sala onde havia vários quadros que foram descartados pelo crivo dos ministros e achou um que representava uma grande tormenta. A tempestade punha as arvores arqueadas, muitas arrancadas em suas raízes, uma delas estava completamente tombada e apresentava um buraco em seu tronco. Aproximou-se mais da gravura e pode constatar que, naquele buraco havia um pássaro tranqüilamente aninhado. Entusiasmado, bradou que achara um que realmente representava a paz!
Foi assim com o compositor de um dos mais lindos hinos dos nossos hinários. “Sou feliz”
Tradução de “It is well with my soul”, quando do naufrágio do navio em que suas quatro filhas pereceram, numa viagem que faziam dos EUA para Inglaterra, só sobrevivendo sua esposa. Quando fazia a mesma viagem para encontrar com a esposa, passando nas proximidades do naufrágio, o capitão o chamou e o informou que fora naquelas imediações que ocorrera o infortúnio. Àquela noite não dormiu então começou a compor este hino, que é um dos que mais nos inspira a amar e confiar em Deus, segundo o que ELE espera de nós!


Mensagem enviada pelo escritor Sr. Alberio Leal , Jan. 2010 - Que Deus continue Te usando com grande gloria para ministrar mensagens inspiradas pelo Espírito Santo. 


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